Este artigo é sobre Tecnologia
O universo digital está crescendo muito rápido e isso é notório. Dentro do contexto empresarial, quem deve lidar com a agenda da empresa? Confira:
Em um estudo de 2019, foram analisados padrões de contratação e o escopo da função de CDO - Chief Digital Officer - nas 2.500 maiores empresas listadas em bolsa. A pesquisa descobriu, então, que a taxa de criação de cargos de CDO diminuiu fortemente na comparação com o levantamento anterior, feito em 2016. Apenas 54 empresas pesquisadas (2,2%) haviam criado uma nova e distinta posição de CDO em 2018, em comparação com 124 que o fizeram em 2017 e 160 em 2016. Dessa forma, a consultoria afirma que “2016 foi o ponto mais alto na contratação de CDOs”. A explicação? “Os líderes de muitas empresas agora acreditam que colocar uma única pessoa no comando da transformação digital pode não ser a melhor abordagem, porque é uma prioridade estratégica intrínseca em todo o negócio. A agilidade se torna crítica para a sobrevivência”, afirmou o relatório. Um outro estudo, este feito pelo Fórum Econômico Mundial, mostra que o mandato médio de um CDO é de 31 meses ― o mais curto de todos os cargos “C-Level” ― e esse número está caindo. Além disso, mais de três quartos deles deixam a empresa imediatamente após seu mandato como CDO.
Que o universo digital está se expandido, todos nós já sabemos. Mas uma pergunta pode ser feita em um contexto empresarial: quem deve liderar essa agenda dentro das empresas? À medida que negócios digitais e negócios se tornam um no mesmo grau, as empresas precisarão de um único líder para a função? Se um líder assume a responsabilidade pela transformação digital for um executivo existente, precisamos ter um nome centralizado?
Existem lideranças de empresas que pensam na verdadeira oportunidade digital como aquela que é centrada na receita. Ou seja, a maior oportunidade é vender produtos e serviços existentes ou novos por meio de canais digitais, como o site da empresa ou aplicativo móvel. Se for esse o caso, pode parecer lógico ter um líder de marketing ou vendas centradas no cliente da empresa liderando a função. Mas e se levarmos em consideração aspectos como ferramentas que incluem a infraestrutura de governança e aplicativos responsáveis por gestão de dados utilizados nas iniciativas digitais? Os líderes de funções centradas no cliente podem não ter experiência ou conhecimento nas áreas necessárias para influenciar cada uma delas. Logo se pensa em áreas de Analytics para essa liderança. Em um outro prisma, também existem as estruturas relacionadas à tecnologia tradicional, com o papel de CTOs ou CIOs. Em contrapartida, da mesma forma, esses papéis não têm responsabilidades de atendimento ao cliente, e isso os coloca em desvantagem ao sugerir e liderar oportunidades que devem beneficiar os clientes.
Será que, uma vez que as primeiras ondas de transformação são efetivamente introduzidas, com programas estabelecidos, o título pode não ser necessário? Será que uma estrutura de investimento para as mudanças podem ajudar a garantir que o portfólio de inovação (com foco em receitas/clientes ou redução de custos) seja gerenciado de forma mais eficaz?
Expandindo mais o que a pesquisa do começo dessa publicação diz, estendo a pauta "agilidade". Com foco em habilidades em papéis que fazem a mudança acontecer nas camadas táticas e operacionais, recebendo os direcionamentos da camada estratégica da empresa. E quais são elas? São habilidades associadas ao desenvolvimento ágil.
A transformação digital requer desenvolvimento ágil que se concentra no desenvolvimento de projetos de forma iterativa. Agile Coachs, Scrum Masters, Product Owners. User Experience são os papéis que conduzem essa transformação. Os Agile Coachs formulam um caminho de transformação pautado no chamado “fluxo de valor”; os Scrum Masters enfatizam as pautas, relatórios e reuniões frequentes de toda a equipe para mapear as fases de desenvolvimentos e projetos. Os Product Owners são responsáveis pelo produto que está em desenvolvimento. Eles definem a visão do produto no curto, médio e longo prazo, traçando o caminho de desenvolvimento para entrega de valor. Por fim, os times de User Experience atuam nas experiências do cliente e a experiências dos funcionários, dependendo de para quem um determinado produto ou projeto é direcionado.
A revolução digital está chegando e, embora possa parecer que o ritmo das mudanças está rápido agora, só vai ficar mais rápido. E todos podemos (precisamos) ser líderes digitais. Para isso, é necessário discutir habilidades junto aos papéis e cargos tradicionais. Essas habilidades combinam disciplinas de negócios e conhecimento técnico. E demandam o direcionamento que a empresa quer seguir.
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