Este artigo é sobre Tecnologia
O transporte rodoviário hoje, no brasil, tem uma representação na emissão de CO² de 42%. Confira mais dados e informações referentes a isso aqui!
O transporte de cargas no Brasil tem uma dependência histórica do modal rodoviário, representando cerca de 75% do escoamento de produtos, segundo a Fundação Dom Cabral (2018). Essa dependência traz consequências econômicas e ambientais insustentáveis devido aos elevados custos na logística bem como as altas taxas de emissões dos gases poluentes.
De acordo com o IBGE, o transporte rodoviário é responsável por aproximadamente 55% do PIB do transporte, chegando a mais de R$ 100 bilhões. Apesar dos números, o Brasil é marcado por uma baixa eficiência logística, correspondendo apenas 30% da produtividade do transporte rodoviário de cargas dos Estados
Unidos (COPPEAD) e está em 56º no ranking de desempenho logístico global, segundo o Banco Mundial. Os principais fatores estão relacionados aos elevados custos operacionais decorrentes dos problemas de infraestrutura - apenas 12% das estradas no Brasil são pavimentadas - e ineficiência de processos gerenciais - 55% das empresas controlam as operações logísticas com papel e lápis.
Os problemas não se limitam aos “bolsos” dos gestores de frotas mas são estendidos para toda a população através do aumento de emissões dos gases poluentes. O Observatório do Clima aponta que só o transporte de cargas no Brasil emitiu em 2016 quatro vezes mais gases de efeito estufa do que toda a Noruega emite anualmente. Em grandes metrópoles, como São Paulo, os veículos são responsáveis por 90% da poluição do ar e causam diversas complicações para saúde pública através de doenças pulmonares e cardiovasculares. Considerando o âmbito global, a ONU afirma que a poluição do ar causada pelo setor de transportes causa cerca de 400 mil mortes ao ano.
Com impactos ambientais e econômicos, o transporte rodoviário, principalmente no Brasil, está carente de ações de melhoria da eficiência operacional. Segundo a CNT, os investimentos em infraestrutura de transporte em 2020 foram reduzidos 31%, o menor valor em 16 anos. Considerando a conjuntura atual, o avanço tecnológico pode ser protagonista na corrida para a sustentabilidade econômica, social e ambiental. Segundo relatório divulgado pela ONU, um maior investimento em transportes verdes, eficientes e sustentáveis pode ajudar a alcançar metas globais de sustentabilidade e proporcionar uma economia de $ 70 trilhões até 2050. De acordo com o relatório, é recomendável a promoção de novas tecnologias para transportes sustentáveis e o financiamento internacional no setor.
Hoje, no Brasil, há um grande potencial no aumento da eficiência de processos logísticos rodoviários e, consequentemente, na redução de custos e danos ambientais. As maiores fontes de gastos operacionais do setor estão nas verticais de abastecimento, manutenção, pneus, folha de pagamento e ociosidade dos veículos. Apenas o combustível representa entre 30% e 40% do custo operacional enquanto manutenção e pneus juntos podem chegar a 30%. Então, como podemos melhorar esse cenário?
Startups nacionais e internacionais estão correndo contra o tempo para o desenvolvimento de soluções inovadoras no setor da logística, as chamadas LogTechs. É o caso da InFleet, startup membro do Cubo Itaú acelerada pelo programa Qintess Ignite Startups Edição 2020 que oferece uma plataforma integradora baseada na Torre de Controle Logística com de mais de 10 prêmios de inovação - ABDI, Renault, Senai, Vale do Dendê, BNB. O setor tem apontado tendências tecnológicas que podem contribuir com a redução das emissões de gases poluentes, aumento da produtividade e melhoria na qualidade dos serviços.
O investimento em Big Data, monitoramento em tempo real, condução econômica e predição de eventos através de inteligência artificial é essencial para auxiliar na tomada de decisão dos gestores e terá um impacto global para o meio ambiente e experiência do consumidor. A necessidade de uma visão 360 já é uma realidade no contexto competitivo que vivemos, sendo necessário relacionar os dados das verticais de roteirização, abastecimento, manutenção, monitoramento e telemetria para uma operação eficiente.
Segundo a CNT, somente o treinamento de motoristas de caminhões pode aumentar em 12% a economia de combustível, o que reflete diretamente na poluição ambiental. A prática do Eco Driving, auxiliada pela tecnologia embarcada, é um estilo de condução que utiliza a menor quantidade de energia, reduzindo, dessa forma, as emissões e desgastes mecânicos. Toda essa prática pode ser acompanhada através do módulo de monitoramento Infleet integrado com sistemas e equipamentos de telemetria.
A Infleet chegou ao mercado para solucionar esses problemas, enfrentando as realidades de médias e grandes frotas nos setores de coleta de resíduos, transporte e distribuição que tem a necessidade de reduzir custos e aumentar a qualidade do serviço. Como dizia William Edwards Deming, “o que não medimos, não gerenciamos”, e é por isso que todas as empresas precisam aproveitar os avanços tecnológicos para contribuir com a segurança de nossos colaboradores e parceiros, bem como a sustentabilidade econômica do negócio e ambiental. Os veículos já estão conectados, os dados já estão disponíveis, só precisamos interpretá-los da melhor forma
A análise de informações financeiras, roteirização, condução de motoristas e a carga e descarga de materiais podem alterar positivamente os números de produtividade logística no Brasil. Um maior investimento em tecnologia, ou nas chamadas LogTechs, e a criação de um ecossistema de inovação entre grandes corporações, instituições de pesquisa e startups geram um enorme potencial para a sustentabilidade no setor. Temos um grande caminho pela frente mas, dessa forma, será possível reverter a situação insustentável do transporte rodoviário de cargas no Brasil.
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